Nova Biblioteca Publica E Arquivo Regional. Acores
A proposta que apresentamos assenta fundamentalmente num principio de desenho que faca corresponder a um equipamento publico com esta dimensao e com este programa uma construcao que pelo seu desenho seja capaz de gerar, consolidar e articular espacos publicos e percursos pedonais no interior da malha urbana da cidade de Angra do Heroismo. Deste modo, nao sera a forma global do edificio, mas sim a forma dos espacos abertos por ele gerados, o lugar para o rigor geometrico e as formas claras que acabam, estas sim, por comandar o desenho da forma do edificio.
A proposta que apresentamos e constituida no seu essencial por dois corpos sobrepostos que desenham dois espacos abertos, a Norte e a Sul do terreno. Um primeiro corpo em U contem uma grande praca aberta sobre a cidade e a paisagem e, assente sobre este, uma cobertura habitada desenha a Norte o limite do jardim do Palacete, na continuidade da mancha verde do solar.
Esta cobertura, peca fundamental no desenho do edificio, consolida e gera relacoes proximas e longinquas no territorio. A escala do terreno, nao so desenha os limites dos espacos publicos contiguos, como e o suporte do tracado de um percurso qua atravessa o quarteirao e liga a rua Padre Rocha Ferreira a entrada exterior da biblioteca, na rua Joao Coelho, passando pelo jardim. Sendo o elemento mais visivel do edificio, a escala da cidade, este elemento desenha uma linha de referencia, embasamento virtual sobre o qual assentam os edificios notaveis e os espacos verdes que constituem a sua envolvente proxima.