Casa Eugênia
O projeto Sensações foi idealizado em 1992 pelo artista plástico George Hardy como uma proposta de se criar uma espécie de hotel cultural na Serra do Cipó, nas proximidades de Belo Horizonte. Para se executar o projeto de cada uma das unidades de hospedagem, num total de 12, foram convidados um arquiteto e um artista plástico simultaneamente.
A casa proposta por João Diniz e Jorge dos Anjos aborda de maneira orgânica, quase primitiva, a questão de se abrigar pessoas por poucos dias numa paisagem de montanhas, matas, cachoeiras, arqueologias, estórias de gentes e de discos voadores.
O nível térreo aparece como prolongamento do exterior, espaço de convívio e festas. Em cima, o nível do ar, surge como espaço de contemplação, mais íntimo, de onde se observa a paisagem.
Em 1999 Eugenia e Jorge decidem construir a casa num lote próprio, um local elevado que contempla um belo lago. A pequena casa adapta-se perfeitamente ao seu novo local não distante da mítica Serra do Cipó
O projeto inicialmente imaginado em estrutura de eucalipto e cobertura vegetal sofre adaptações high-techs (ou ‘uai-techs’, a tecnologia própria de Minas Gerais) e é executado em estrutura mista em tubos metálicos e alvenaria, piso em madeira e cobertura em telhas metálicas termo-acústicas.
O Projeto Sensações recebeu na II Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo em 1993 o Prêmio pelo Conjunto da Obra. Os outros arquitetos participantes foram: Ëolo Maia, Jô Vasconcelos, Álvaro Hardy, Marisa Machado Coelho, Gustavo Penna, Sylvio Podestá, Cid Horta, Altino Caldeira, Graça Moura, Paulo Laender, Fernando Navarro e ainda Ailton Krenak, Robero Vieira, Amílcar de Castro e Máximo Soalheiro.